Pr. Gomes Silva
Na noite desta
terça-feira (12/04), por exemplos, os parlamentares que compõem a bancada do PP
na Câmara anunciaram o apoio ao impeachment de
Dilma Rousseff e o consequente desembarque do partido da base aliada
do Governo Federal, mesmo existindo 9 deputados que continuam insistindo em
votar contra e quatro estão indecisos. A decisão da maioria do partido foi
anunciada pelo líder da PP na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PB), que já foi ministro
no Governo Dilma.
Desta forma, o PP se tornou o maior aliado
do PMDB, após a sua saída do Governo de Dilma Rousseff. O partido conta com 47
representantes, a quarta maior da Casa. O partido vinha sendo cortejado
por Dilma com a oferta de mais espaço no governo em troca de apoio contra o
afastamento da presidente.
A situação da presidente também se
complica no Senado. O PR formalizou ontem mesmo a saída do partido de um bloco
que formava no Senado juntamente com o PT, PDT, PSB, PC do B e PRB. Não
significa que o partido vai se aliar à oposição, mas também não dirá amém a
tudo o que governo enviar ao Congresso.
Desta forma, sem os seis votos do PR
- sete com a volta do senador licenciado João Ribeiro - o bloco do governo cai
para 24 membros, perde a hegemonia e ficará a reboque do bloco da maioria,
comandando pelo PMDB do líder Renan Calheiros, com 28 integrantes.
Entendo que o “feitiço virou contra o
feiticeiro”, como diz o ditado popular. Porque, com aquela conversa de que o
Impeachment é um golpe contra alguém que foi eleita legitimamente pelo voto
popular (e disso ninguém tem dúvidas, mas pelas chamadas “pedaladas fiscais”),
o PT planejou esvaziar a votação do próximo dia 17. O deputado Sílvio Costa
chegou a dizer que alguns deputados podiam adoecer e não comparecer à Câmara.
Todavia, até os pequenos partidos – esperança maior da presidente, como PP e PR
-, pegaram voo para a oposição e caiu nos braços de líderes do PMDB, a exemplo
do vice-presidente da República, Michel Temer.
Domingo se aproxima. A dor de cabeça
de Dilma e aliados aumenta; o Impeachment se aproxima cada vez mais enquanto
que o País sofre com falta de confiança de seus líderes e o desgoverno,
proporcionado pela presidente e seus “seguidores” petistas.
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