terça-feira, 12 de abril de 2016

DILMA: A CAMINHO DO IMPEACHMENT

Pr. Gomes Silva
Por essa a presidente Dilma Rousseff não esperava. Menos de 24 horas, após a aprovação de parecer a favor da abertura do processo de Impeachment contra ela, na Câmara Federal, vários partidos da base aliada do Governo na Câmara decidiram embarcar na onda do “fora Dilma” e decidiram participar na votação do final de semana pela “defenestração” da inquilina do Palácio do Planalto.

Na noite desta terça-feira (12/04), por exemplos, os parlamentares que compõem a bancada do PP na Câmara anunciaram o apoio ao impeachment de Dilma Rousseff e o consequente desembarque do partido da base aliada do Governo Federal, mesmo existindo 9 deputados que continuam insistindo em votar contra e quatro estão indecisos. A decisão da maioria do partido foi anunciada pelo líder da PP na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PB), que já foi ministro no Governo Dilma.

Desta forma, o PP se tornou o maior aliado do PMDB, após a sua saída do Governo de Dilma Rousseff. O partido conta com 47 representantes, a quarta maior da Casa. O partido vinha sendo cortejado por Dilma com a oferta de mais espaço no governo em troca de apoio contra o afastamento da presidente.
A situação da presidente também se complica no Senado. O PR formalizou ontem mesmo a saída do partido de um bloco que formava no Senado juntamente com o PT, PDT, PSB, PC do B e PRB. Não significa que o partido vai se aliar à oposição, mas também não dirá amém a tudo o que governo enviar ao Congresso.
Desta forma, sem os seis votos do PR - sete com a volta do senador licenciado João Ribeiro - o bloco do governo cai para 24 membros, perde a hegemonia e ficará a reboque do bloco da maioria, comandando pelo PMDB do líder Renan Calheiros, com 28 integrantes.
Entendo que o “feitiço virou contra o feiticeiro”, como diz o ditado popular. Porque, com aquela conversa de que o Impeachment é um golpe contra alguém que foi eleita legitimamente pelo voto popular (e disso ninguém tem dúvidas, mas pelas chamadas “pedaladas fiscais”), o PT planejou esvaziar a votação do próximo dia 17. O deputado Sílvio Costa chegou a dizer que alguns deputados podiam adoecer e não comparecer à Câmara. Todavia, até os pequenos partidos – esperança maior da presidente, como PP e PR -, pegaram voo para a oposição e caiu nos braços de líderes do PMDB, a exemplo do vice-presidente da República, Michel Temer.
Domingo se aproxima. A dor de cabeça de Dilma e aliados aumenta; o Impeachment se aproxima cada vez mais enquanto que o País sofre com falta de confiança de seus líderes e o desgoverno, proporcionado pela presidente e seus “seguidores” petistas.


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